Sentei-me, ajustei o assento. Conferi o espelho e os equipamentos de segurança. Todos se acomodaram da maneira mais confortável possível. Tudo pronto e organizado. O passeio ia começar.
Pouco tempo depois visualizei a entrada que eu deveria pegar. Entrei. O caminho era muito estreito, estava sujo, molhado e seria necessário muito cuidado para evitar qualquer acidente, o que poderia colocar tudo a perder. A visibilidade era mínima. Eu precisava ficar muito alerta.
De repente percebi algo no caminho. Não dava pra ver ao certo, mas parecia com uma pedra. Com habilidade consegui me desviar dela. Apesar de já ter percorrido muitas vezes a trajetos parecidos, aquele, não sabia por que motivo, me deixava mais tenso que o normal. Pouco depois eu soube.
Uma curva. Uma não ... “a curva”. Acentuada e perigosa. Se eu não fosse com muita calma não conseguiria fazê-la. Bem devagar eu fiz a tomada. Era preciso conter a empolgação e mentalmente me lembrar que logo após aquela curva estava o meu destino. Na ponta dos dedos e com todo o cuidado do mundo eu avancei e meu coração palpitou forte quando vi que tinha conseguido e que tudo tinha corrido bem.
Terminar aquele percurso, dava-me a ótima sensação de que parte do dever fora cumprido. Bem ali, na minha frente, estava o meu objetivo. Bem ali mesmo ... algo em torno de um milímetro. A euforia tomou conta de mim. A odontometria estava feita.
Dr. Fabricio - www.vidadedentista.com.br
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